Foto de Kyle Broad na Unsplash
Lúcia sempre foi uma mulher intensa, cheia de sonhos e paixões. Desde jovem, suas emoções eram profundas e suas reações, frequentemente extremas. Ela se lembrava de momentos em que a alegria era pura, mas, também, das vezes em que a tristeza parecia consumi-la. O que Lúcia não sabia era que suas oscilações emocionais faziam parte de algo maior: o Transtorno de Personalidade Borderline.
Nos relacionamentos, Lúcia se entregava de corpo e alma, mas essa intensidade logo se tornava uma armadilha. O medo da rejeição e do abandono a deixava em um estado constante de ansiedade. Quando seu namorado, Paulo, expressou a necessidade de um espaço para cuidar de si mesmo, Lúcia sentiu como se o mundo estivesse desmoronando. Os sentimentos de abandono eram tão intensos que ela não conseguia pensar em outra coisa.
Após a separação, Lúcia entrou em um ciclo de autocrítica e raiva. "Por que não sou suficiente?" ela se perguntava, enquanto suas emoções pareciam flutuar entre a desesperança e a euforia. Esse padrão de idealização e desvalorização, comum entre pessoas com Borderline, faziam-na oscilar entre amar intensamente e, logo em seguida, sentir-se traída e decepcionada. Lúcia se isolava em casa, evitando os amigos e mergulhando em seus próprios pensamentos autodestrutivos.
Os sintomas da Borderline incluem:
Instabilidade Emocional: As emoções de Lúcia mudavam rapidamente, fazendo-a passar do amor à raiva em questão de minutos.
Dificuldade em Manter Relacionamentos: O medo de ser deixada fazia com que Lúcia se comportasse de maneira impulsiva, levando a conflitos e, muitas vezes, ao fim de relacionamentos importantes.
Autoimagem Instável: A percepção que Lúcia tinha de si mesma mudava com frequência. Em alguns dias, ela se sentia forte e confiante, enquanto em outros, era tomada por inseguranças profundas.
Comportamentos Impulsivos: Lúcia se entregou a compras excessivas e, em momentos de desespero, até considerou se machucar, tudo em busca de aliviar a dor emocional que sentia.
Para reconhecer ciclo vicioso de suas emoções, Lúcia precisava de ajuda para compreender seus sentimentos e aprender a gerenciá-los. A psicoterapia dialético-comportamental (DBT) eh um dos mecanismo para ajudar no processo no desenvolvimento de habilidades para lidar com sua intensidade emocional e melhorar seus relacionamentos.
Se você se identificou com a história de Lúcia ou conhece alguém que possa estar passando por uma situação semelhante, saiba que não está sozinha. O Transtorno de Personalidade Borderline é tratável e, com o apoio certo, é possível encontrar um caminho de autoconhecimento e recuperação.
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